sábado, 10 de julho de 2010

Nossas mazelas em campo...

Creio que hoje todos nós acordamos constrangidos. Os desdobramentos que envolvem o desaparecimento de Eliza Samudio nos deixa envergonhados enquanto humanos. Casos como esse, o do garoto João Hélio, de Isabela Nardoni rebaixam nossa espécie a uma condição pré-histórica. Que nojo! O mundo realmente não é um local seguro.

Embora esse “conto macabro” protagonizado pelo jogador de futebol Bruno ainda não esteja totalmente esclarecido, a impressão que temos é que essa história vai se revelar ainda mais absurda do que já é. Longe de querer santificar a pobre garota que, ao que parece, não tinha uma conduta adequada... As informações sobre a vida de Eliza, sua família, suas atividades, mostram uma desestruturação que infelizmente podem ter propiciado essa tragédia. Palavras como família, educação, criação, índole, vem à tona e poderíamos dissertar sobre a importância desses conceitos na formação das pessoas. Mas o assunto de agora é um “pouco menos” nobre...

O que nos deixa estupefatos é como uma pessoa pode ser aniquilada covardemente e seus algozes pudessem ter tido a impressão de que sairiam impunes dessa barbárie toda. Quanta maldade! Quanta burrice! Acabou-se uma vida... perderam-se várias outras... De que vai adiantar agora tanta ganância? É impressionante como nós humanos temos a capacidade de criar coisas tão sublimes e ao mesmo tempo somos capazes de tanta crueldade. Nunca vamos deixar de ser animais, mas se não pudermos controlar nossos instintos mais básicos não merecemos o status de racionais. Só de imaginar nossas crianças soltas por aí... não quero nem pensar nisso.

Pra completar esse teatro de horrores ,vem as piadinhas nas redes sociais, sempre de muito mau-gosto, mostrando que alguns de nós parecem estar perdendo a capacidade de se sensibilizar ou se indignar com tamanha insensatez. Estamos lidando com tragédias, crimes, vidas... Isso não tem graça nenhuma.

Agora eu quero ver aqueles cartolas imbecis ou aqueles jornalistas demagogos dizendo que a vida de jogador fora das “quatro linhas” não interessa a eles. Como não? Um atleta de alto nível que ganha incrivelmente bem tem que, no mínimo, se cuidar para se manter em forma. Jogador de futebol tende a ser muito mimado pelos dirigentes, pela crítica esportiva. Eles são super-dimensionados e não merecem tanto destaque. Todos esses holofotes são um exagero e todos, principalmente nós brasileiros, temos certa responsabilidade nisso. Futebol é parte de nossa cultura mas deve sim ser tratado apenas como um jogo. Pessoas se matam por causa de futebol. Isso é absurdo demais! Não vou entrar nessa de dizer que os ídolos do futebol (muitas vezes ignorantes, irresponsáveis, promíscuos... pra não dizer mais) tem a responsabilidade de dar exemplos e blá blá blá... Ninguém pede pra ser ídolo. Quem tem a obrigação moral de dar exemplo são os políticos que em tese representam a sociedade como um todo (e recebem por isso) e principalmente os PAIS!

Todos nós podemos assumir nossa responsabilidade e servir de exemplo, mas isso não é tão simples assim... Pra isso, precisaríamos nos tornar escravos de nossa consciência e colocarmos valores muito mais importantes como carros-chefe de nossas vidas.

Jesus Cristo, Ghandi, Madre Tereza, Chico Xavier e alguns outros milhares de seres iluminados, na maioria das vezes anônimos... Esses sim, são exemplos de conduta e tem o direito de serem ídolos!

Agora voltando ao noticiário policial...

Melhor não, meu estômago tá embrulhando... vou vomitar.